Que imagem é feita de um cientista? Quando falamos deles, a maioria das pessoas logo traz à mente a figura de um homem estranho, com os cabelos arrepiados, óculos de grau e um laboratório cheio de substâncias expelindo fumaças dos tubos de ensaio. Na verdade, um cientista não está diretamente ligado a um laboratório ou necessariamente faz cálculos mirabolantes.
Infelizmente, a mídia tem alimentado essa falsa concepção há anos, sejam em filmes, séries, revistas ou novelas. O cientista é sempre um cara doidão, nerd, frio, sem vida social e com um visual largadão. Isto pode ser até certo ponto, verdadeiro. Talvez o inconsciente coletivo tenha a figura de Einstein, que notadamente é o cientista mais famoso da História.
Albert Einstein: o arquétipo do cientista
No entanto, existem cientistas em todas as áreas: Política, Economia, Educação, Áreas sociais, Exatas, Humanas, etc. O objetivo da postagem é destruir os rótulos em torno dos cientistas. Não me refiro às aparências, mas aos estereótipos.
A ciência é uma organização metódica e ordenada do conhecimento. Ela lida com a Lógica, deduções e metodologias bem definidas. Ser cientista é adotar essa postura. Mas nem a ciência, nem seus métodos são infalíveis. Toda teoria é passível de aprimoramentos.
A ciência lida com fenômenos naturais. O cientista deve ser objetivo e imparcial na elaboração das teorias.
A ciência lida com fenômenos naturais. O cientista deve ser objetivo e imparcial na elaboração das teorias
Uma das maiores revoluções do pensamento humano foi a sistematização da ciência através do que hoje conhecemos por método científico. Para que um conhecimento seja considerado “científico”, deve se basear na observação, medição e experimentação. Oficialmente, foi com o físico e astrônomo italiano Galileu Galilei (1564 ─ 1642) que se estabeleceu esse método. Por essa razão, Galileu é considerado o pai da ciência moderna.
Galileu Galilei é considerado o pai da ciência moderna
Precisão, rigor, objetividade, método. Estas são as credenciais de qualquer cientista. Ao contrário dos artistas, que podem voar com as asas do imaginário, o cientista possui um papel bem definido. Não há margem para qualquer subjetividade ou surrealismo. As conclusões devem ser pautadas na realidade dos fatos. Não estou desmerecendo os artistas, mas comparando para poder estabelecer os objetivos de ambos. A arte possui recursos ilimitados de criação, enquanto a ciência lida com as limitações do mundo físico. Eis um breve poema:
“Rasgam-se as nuvens no céu estrelado,
invade-se a vontade de gritar,
o Sol mantém-se ao longe... calado,
ouvindo o som do belo luar.